segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Pediatra por um dia.

Hoje o dia era de atender as crianças no Posto que estou rodando. Tô sofrendo com isso desde o final do turno de sexta, hoje cheguei lá em pânico e quase suando frio. Não causo empatia em crianças, acho o cúmulo ter que ficar fazendo caretas, sorrisinhos e palhaçadas pra elas, não tenho paciência com aquele chororo e o pior de tudo é ter que aguentar a mãe. Prazer, essa sou eu, a pessoa com menos jeito pra crianças na face da terra. O saldo do  dia?

 Foi positivo! Pasmém! Acho que eu devo bastante a minha preceptora, que é maravilhosa e me deixou super tranquila e devo também a sorte que me enviou só pacientes "grandinhos" hoje e com quadros tranquilos de conduzir. Atendi 10, dentre os quais 5 tinham estrófulo (hoje foi o dia!), 3 queriam fazer os exames de rotina, 1 tinha dermatite de fralda e a outra - que foi o pepino do dia - até agora não descobrimos. Algo semelhante a molusco contagioso, mas não o tal propriamente dito. Estamos estudando o caso. Cheguei em casa com a certeza de que tenho que melhorar muito meus conhecimentos em pediatria.

workaholic por imposição.

Acho mesmo que vou ser mais uma workaholic no mundo. O triste é que no meu caso não será por opção e sim por imposição. Na falta de opção, minha única amiga e meu maior amor é a medicina. Então, let's go medicine, preencha minha vida! ;)


Post desabafo, aproveitando pra dar o ar da minha graça.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A saga do preservativo feminino!

Estou exausta de tanto procurar um tutorial decente de como colocar o preservativo feminino. Algo de simples entendimento, sabe? Só encontro vídeos em espanhol, italiano, hebraico, mandarim.... ou em português...... com 1329729 minutos de duração! u.u'
A razão disso? O PSF minha gente! Vou ter que dar uma palestra sobre planejamento familiar semana que vem. Aceito sugestões, apoio emocional e orações. Obrigada! hahaha Até ;*

domingo, 15 de janeiro de 2012

O paciente analfabeto.

Comecei o internato pelo PSF. Era a vontade de todos da turma e não exatamente a minha, mas ok, sorteio é sorteio e lá fui eu para o meu primeiro dia de internato num posto de saúde que fica em uma das regiões mais carentes da minha cidade. O primeiro dia terminou sem grandes problemas ou emoções,  era dia de atendimento normal e só o que peguei foram pacientes com queixas osteoarticulares. Entrava um, saia outro e era tudo a mesma coisa. O segundo dia também foi tranquilo, apareceu um caso de Leishmaniose e uma Contratura de Dupuytren... de resto, só "dor nos ossos" "dor na coluna" "dor nos pés" blah... Agora no terceiro dia o bicho pegou. Era dia de HiperDia, e me dei conta do tanto de pacientes analfabetos ou analfabetos funcionais que saiam de lá sem entender uma vírgula de como tomar aquele "bando de comprimidos". Fiquei mais de cara ainda ao perceber que muita gente não está nem aí pra isso. Mas acontece que se o paciente não entende, o nosso trabalho é feito em vão. Olha, sei não! Sinto que alguém precisa fazer alguma coisa, sabe? Pensei em sugerir a minha preceptora que passemos a fazer receitas ilustradas para esses pacientes, mas está muito no começo e tenho medo de ela me interpretar mal. Tipo, "aquela que já chega querendo fazer mudanças". 
Dei uma olhada na internet e vi médicos que colocam fitinhas coloridas nas receitas e nas caixas dos medicamentos, para que o paciente saiba qual remédio é qual e quantas vezes deve tomá-lo ao dia. Vi também uma outra médica que desenha na receita, ao lado do nome do medicamento, um sol, garfo ou lua e cola o medicamento ao lado para o paciente saber o horário em que deve tomar. Achei ideias muito legais, adoraria poder ajudar os pacientes assim, mas.... vamos ver o que acontece!